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A Jornada do 'Projeto dos Sonhos' e as Lições de Engajamento e Planejamento

  • Foto do escritor: Saneflow Engenharia
    Saneflow Engenharia
  • 20 de out.
  • 2 min de leitura

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Recentemente participei de uma instigante sessão de benchmarking, na qual foram compartilhadas as experiências vivenciadas em um projeto complexo de redução de perdas de água, carinhosamente chamado de "projeto dos sonhos". Ao longo de 3 anos, esse projeto alcançou uma notável redução no índice de perdas de 103 L/lig/dia, desde o estágio inicial de diagnóstico até a efetiva implementação das ações em campo.


Esse benchmarking me fez refletir não apenas sobre os projetos de sucessos, mas também sobre projetos que, infelizmente, seguiram um caminho oposto, onde os resultados almejados não foram atingidos, apesar dos consideráveis recursos investidos.


Acredito que, além de compartilhar os cases de sucesso (análogo às nossas redes sociais), é muito importante também falar sobre os "cases de insucesso". Estas experiências duras e difíceis, muitas vezes intencionalmente escondidas, são fontes valiosas de lições aprendidas, que permitem que a gente identifique fatores críticos e acenda um sinal de alerta para possíveis resultados indesejáveis. 

Em meio a essa análise, identifiquei dois projetos implantados em diferentes sistemas, que compartilhavam o mesmo escopo, softwares e equipamentos, mas que tiveram resultados diferentes – um bem-sucedido e o outro não. Essas duas experiências, apesar de compartilharem o mesmo escopo, tiveram diferenças em dois aspectos cruciais, que, na minha opinião, influenciaram significativamente em seus resultados: Engajamento e Planejamento.


Engajamento:

O engajamento está intrinsicamente relacionado ao compromisso, à dedicação e à motivação para que o projeto obtenha os resultados esperados. É imprescindível que todos os envolvidos estejam comprometidos e acreditem na viabilidade do projeto, desde as equipes operacionais até os gestores e diretores.

Mesmo possuindo as melhores ferramentas e tecnologias, a capacidade de mobilizar e motivar cada profissional para as atividades que estão sob sua responsabilidade é fundamental para o bom andamento de um projeto – especialmente um projeto complexo.


Planejamento:

Um projeto complexo de redução de perdas de água envolve inúmeras tarefas e diferentes colaboradores e expertises: aquisição de equipamentos por um time de compras, instalação dos equipamentos pela equipe de eletromecânica, implementação de software pela TI ou com uma equipe terceirizada, especialistas em modelagem hidráulica e projetos, coordenação de todo o time por um gerente de projeto, aprovação e aferição de resultados por gerentes e gestores, entre diversas outras atividades.


Uma gestão meticulosa, do início ao fim, e um planejamento factível e eficiente são cruciais para que essa complexidade não afete os cronogramas, ou que os cronogramas sejam ajustados para que o resultado esperado ainda seja alcançado. O papel de um gerente de projetos proativo, com profundo entendimento das particularidades do projeto, aliado a habilidades de comunicação, liderança e organização, é essencial para o êxito do projeto.


Em conclusão, a partilha aberta e honesta dessas experiências, seja de triunfos, desafios e frustações, é a chave para um aprendizado contínuo e o avanço na conquista de futuros projetos bem-sucedidos. Ao analisar  os dois projetos com o mesmo escopo e tecnologias, porém com resultados diferentes, fica evidente para mim, como consultora, que renunciar planejamento e engajamento significa colocar em risco todo o escopo do projeto e consequentemente seus resultados.

 
 
 

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